Dono de uma rede de lojas monomarca de insígnias como Skechers, Geox, Superdry e Dainese, o LVL Group “conta atualmente com mais de 60 lojas e mais de 400 trabalhadores em Portugal e Espanha”, enquadra o administrador, Luís Mota. Orgulhando-se de liderar um grupo “muito forte, que tem vindo a crescer de forma muito significativa”, o responsável chama, desde logo, a atenção para os mais de 55 milhões de euros que o LVL Group faturou em 2022.
Apesar de ter começado o novo ano com algumas reticências quanto à evolução do negócio, Luís Mota considera que os dois primeiros meses de 2023 estão a “superar as expectativas” da companhia que, neste momento, perspetiva “um crescimento de 3% ao ano”. De acordo com o responsável, a principal força motriz da expansão é o “investimento muito significativo” que o grupo tem vindo a fazer no mercado espanhol, onde está presente com a marca Skechers.
“Antes do início da pandemia, tínhamos cerca de um terço da nossa atividade em Espanha e, atualmente, o país vizinho já canaliza mais de 50% da nossa atividade e mais de 50% do emprego criado”, ressalta Luís Mota que nota, no entanto, que a aposta não é de agora. “Desde que o LVL Group foi criado, há 19 anos, que acreditamos que deveríamos diversificar o risco da nossa atividade, representando mais de uma marca em mais do que um mercado.”
Para o administrador, mais recentemente, essa “diversidade de marcas e, sobretudo, de mercados” permitiu ainda à empresa “enfrentar com sucesso as limitações impostas pela pandemia e sair deste período como uma empresa forte e capitalizada”.
Afinal, explica Luís Mota, o grupo está a “expandir o negócio em Espanha e a diminuir em Portugal”, em virtude do que entende ser “um ambiente mais favorável em relação à atividade das empresas” do lado de lá da fronteira. “No mercado espanhol existe um apoio efetivo às empresas, enquanto no mercado português nos deparamos com
um ambiente agreste à iniciativa privada.
Essa diferença permite-nos pagar salários substancialmente mais altos e ter uma atividade mais rentável em Espanha do que em Portugal”, justifica.
De olhos postos no futuro, embora não anteveja que o cenário “se venha a alterar significativamente”, no nosso país, a breve trecho, o LVL Group reitera a sua vontade de “continuar a expandir o negócio” dentro e fora de portas e enaltece ainda o contributo da Altice enquanto parceiro tecnológico no apoio prestado ao negócio da
companhia.